28 de outubro de 2012

Dos filmes que a gente gostaria de ter feito

Não tem o que fazer no final de semana? Vá ver Moonrise Kingdom, novo filme de Wes Anderson e minha mais nova paixão cinematográfica. Adultos nostálgicos, um ritmo a dois passos do arrastado, crianças estranhamente adultas e cores, figurinos e cenários. Simplesmente um daqueles filmes "queria-ter-feito-sentaí-e-chora". Obviamente algo assim não escaparia desta pequena compilação de coisas que amo.


Desde que vi o submarino partido ao meio de Steve Zissou, Anderson foi alçado ao meu céu dos "diretores dos diretores de arte" junto com Tim Burton, Jean-Pierre Jeunet e Michel Gondry. E eu poderia seguir aqui sobre como a arte do Anderson completa a sua temática e como o hiperrealismo que ele sugere na sua direção de arte contribui para realçar o fato de, em Moonrise Kingdom, estarmos falando de crianças que querem ser adultos e adultos que parecem ter esquecido como ser crianças e de como ele curte um cara num gorro de lã. Poderia, mas aqui, maior que Wes Anderson, é Adam Stockhausen, seu diretor de arte.

Achei duas entrevistas curtas com ele aqui e aqui e com a set decorator e sua assistente aqui e fica bem claro como o trabalho para um filme desses vem de pesquisa e garimpagem mais do que ficar pirando sentado junto com o diretor. Mesmo não sendo um filme realista, as referências de Moonrise Kingdom, são. Stockhausen foi buscar em casas e acampamentos de verdade a essência do que queria para depois, com ajuda da equipe, tornar realidade uma atmosfera imaginada.



Moonrise Kingdom se passa todo em uma ilha inventada chamada New Penzance.

Casa da personagem principal onde é a câmera consegue girar 360º mostrando diferentes cômodos.

Acampamento Ivanhoé, onde Sam mora.



Acampamento de Suzy e Sam.
Abaixo, o famoso submarino de Steve Zissou.